02 de Novembro - 100% Online
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OBJECTIVOS GERAIS
Capacitar os formandos sobre a influência que as bactérias intestinais têm no desenvolvimento e na saúde geral dos bebés e a compreensão de como o microbioma intestinal afeta a digestão, o sistema imunológico e a absorção de nutrientes
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Descrever como é herdado o microbioma intestinal do bebé.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Processo de formação do microbioma intestinal do bebé
Fatores externos que influenciam positivamente e negativamente o microbioma do bebé
Funções do microbioma intestinal;
Principais microrganismos no microbioma intestinal de um bebé;
A relação do microbioma intestinal da mãe e bebé (quando amamentados);
O eixo microbiota - cérebro - intestino;
Alimentos que enriquecem o microbioma de um bebé;
Suplementação de probióticos;
Perigos associados aos sintomas gastro digestivos de um bebé;
Défices nutricionais comuns em bebés e sua relação com o microbioma intestinal;
Apresentação de 2 casos clínicos (obstipação e cólicas em bebés).
DETALHES DA FORMAÇÃO
Duração: 8 horas
Data: 02 de Novembro de 2024.
Horário: 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00
Formação ministrada pela: Dra. Milene Castro e Silva.
Formato: Aulas online ao vivo, com gravações disponíveis por 3 semanas.
Certificado Emitido Certificado de Formação Profissional emitido pelo SIGO , com registo da competência adquirida no Passaporte Qualifica .
PARA QUEM SE DIRIGE
Esta formação é destinada a:
Profissionais de Saúde,
Consultores de Aleitamento Materno,
Assessores de Lactação
E a todos aqueles que trabalham diretamente com Famílias e bebés
Descrição da formação do microbioma intestinal
É sabido que o intestino é mais que um órgão com funções de absorver nutrientes e eliminar substâncias. Pelo contrário, hoje sabemos que é uma entidade complexa, um ecossistema formado por triliões de microrganismos (bactérias) cuja denominação é de microbioma intestinal. Estas bactérias são responsáveis juntamente com o cérebro na produção de neurotransmissores que regulam funções neurológicas, como o humor, o sono, saciedade e sensibilidade à dor. Daí o intestino ser chamado de “segundo cérebro”.
O sistema imunitário também é regido pelo microbioma intestinal através da homeostase de linfócitos e produção de citocinas pró e anti-inflamatórias. A literatura científica recente enuncia que a microbiota intestinal pediátrica tem influência no desenvolvimento de doença alérgica pelo estudo comparativo de bactérias intestinais entre a microbioma de crianças saudáveis em comparação com as que desenvolveram doença. São imensos os estudos que relatam a importância do eixo cérebro-intestino e sistema imunitário. Na verdade, fica evidente a importância da microbioma intestinal principalmente na primeira infância. E porquê? Porque a manutenção de uma saudável microbiota é fundamental para prevenção de doenças a curto prazo, mas sobretudo numa fase adulta. Para além disso, promove um crescimento e desenvolvimento saudável, pois interfere numa janela de oportunidade metabólica que modela e harmoniza os complexos sistemas envolvidos com estas bactérias intestinais. Deste modo, podemos afirmar que o microbioma intestinal pediátrico saudável é o passaporte para uma viagem adulta saudável e segura. O desenvolvimento deste mesmo começa na gravidez e é influenciada pela alimentação materna, paterna, o tipo de parto e introdução alimentar, ou seja, os primeiros 1111 dias.
Atualmente pode-se declarar que a alimentação saudável é o fator externo que mais influência o desenvolvimento de um saudável microbioma intestinal. A literatura científica mostra que a disbiose intestinal, ou seja, um desequilíbrio das bactérias intestinais, está diretamente relacionado com a saúde da criança, nomeadamente nas doenças alérgicas, autoimunes, metabólicas, do neurodesenvolvimento e síndrome do intestino irritável. Lactentes com cólicas, obstipação e disquesia devem ser tratados precocemente, pois encontram-se em disbiose. Um lactente tem sempre um sistema digestivo imaturo, no entanto, essa não deveria ser a resposta terapêutica a estes quadros clínicos, muito pelo contrário, devem ser prioritários no tratamento e modulação do microbioma intestinal. Deste modo esta formação tem como principal objetivo mostrar aos cuidadores e profissionais de saúde a importância de cuidar do microbioma intestinal como forma de prevenção de doença. Nos casos de disbiose intestinal tais como: obstipação recorrente, disquesia, diarreias, uso de antibióticos, alergias e cólicas intestinais deve ter como alvo terapêutico o microbioma intestinal pediátrico. Assim, esta formação elucida a importância de uma alimentação saudável na gravidez, a importância do aleitamento materno e a sua relação com o microbioma intestinal do bebé, assim como a importância da introdução alimentar rica em probióticos e pré-bióticos alimentares nas diferentes fases de vida de um bebé. Através do conhecimento científico à luz dos conhecimentos profissionais iremos interpretar (com a devida ética profissional e proteção de dados) casos clínicos de sucesso onde a atuação pluridisciplinar de fisioterapia e nutrição referente ao microbioma intestinal no tratamento de cólicas, disquesia e de obstipação em lactentes. No final, os formandos estarão aptos para compreender a função do microbioma intestinal pediátrico e a importância do tratamento de disbiose intestinal.